28 de out. de 2009

Deputado defende no plenário da Câmara a legalização da maconha e o plantio para consumo pessoal - o globo e tv câmara




BRASÍLIA - Escolhido pelo Ministério da Justiça o interlocutor do governo para revisão da lei sobre drogas, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) defende a legalização da maconha e do porte de pequenas quantidades para consumo pessoal. Em discurso na tarde desta quarta-feira, no plenário da Câmara, Teixeira citou exemplos de países que descriminalizaram o porte de pequenas quantidades, como Portugal e México. Teixeira defendeu também o fim da pena de prisão para o viciado que, para sustentar seu vício, vira um traficante. (Leia mais sobre a discussão sobre a descriminalização da maconha no Blog Sobredrogas)

- No caso da maconha, por exemplo, é possível legalizar sim, desde que tenhamos uma regulamentação mais severa do que a que existe hoje para o álcool e o tabaco. É possível e necessário fazer uma política de transição entre o estágio atual e a legalização, com a descriminalização do uso e da posse de pequenas quantidades para o uso pessoal. Defendo que o Brasil também faça a descriminalização do uso e do porte para consumo próprio - disse Paulo Teixeira.

O deputado afirmou que a descriminalização reduziu o consumo a maconha nos países que adotaram essa medida. Teixeira acredita que não pode dividir a questão da droga apenas entre usuário e traficante.

- É uma separação que nem sempre é simples e que pode gerar injustiças. Um usuário que em razão de uma dependência química passa a comercializar a substância para garantir o seu consumo não pode ser tratado da mesma forma do que a pessoa que busca o lucro nestas atividades, exerce controle territorial sobre regiões e usa de violência e mortes para cobrar eventuais dívidas. A pena de prisão pode provocar mais danos à sociedade do que outra forma de punição, mais eficiente para combater esta dependência e com menos impactos na vida do indivíduo.

O parlamentar petista também é a favor do plantio da maconha para consumo pessoal, desde que com acompanhamento médico.

- O nosso país também precisa regular o autoplantio, com licenças concedidas pelo Ministério da Saúde e acompanhamento médico, para permitir que, as pessoas que queiram, possam consumir maconha sem ter de recorrer a criminosos para adquiri-la.

Outra proposta de Paulo Teixeira é a criação de locais de uso seguro da droga para viciados crônicos e permissão de tratamento a substituição da droga pesada por uma mais leve, como ação de redução de danos. Essas unidades seriam instaladas em hospitais.

- É importante que a comunidade médica brasileira discuta como fazer o tratamento do dependente crônico e problemático, inclusive com a análise de estratégias que deram certo em outros países, como os tratamentos de substituição de uma droga ilícita por substância lícita ou ilícita, a prescrição médica de substância ilícita e a criação de salas de uso seguro, para que as pessoas possam fazer o consumo seguro e com os efeitos da droga monitorados.

Para o deputado, a proibição do consumo de maconha leva o usuário a entrar em contato com criminosos, o que poderia ser evitado.

- Há grande procura por drogas na sociedade brasileira. Parte do consumo destas substâncias ilícitas é eventual e não apresenta risco à sociedade. São pessoas que usam maconha, por exemplo, sem que o consumo prejudique a sua vida social e produtiva. Como no álcool, existe muita gente que faz o uso responsável e uma parte que acaba tendo problemas causados pelo abuso. A proibição também provoca que estes consumidores tenham um contato com criminosos que eles próprios, em muitos casos, não gostariam de ter. Por conta desta relação, os usuários passam a ser estigmatizados pela sociedade e, em muitas situações, apontados injustamente como responsáveis pelo financiamento do crime organizado.

Paulo Teixeira afirmou que encaminhará suas propostas ao Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), cujo secretário-geral é o general Paulo Roberto Uchôa, secretário Nacional Antidrogas.

27 de out. de 2009

conservadorismo (via @malvados)



dahmer, a caminho da laertice

http://malvados.wordpress.com/2009/10/25/conservadorismo/

26 de out. de 2009

pé na rua - programa 12 - diga aí / maconha





http://www.penarua.tv.br/

que massa que ficou esse Pé Na Rua, O programa 12... e o diga aí da maconha

é preciso dar os créditos à produção cuidadosa de aracelly fonseca e toda a equipe de entrevistadores do programa (marcos e o outro cara, ô equipe interessada :-D ) e à edição precisa de ivan, o apresentador carismático

fico muito feliz de fazer parte dessa causa e ver a repercussão - a jato - dos debates que vão sendo levantados e aprofundados.

http://hempadao.blogspot.com/2009/10/ed-35-hemptube-descriminalizacao-da.html

desconfio que essa velocidade tb ajuda a deixar os adversários tontos (eles não tavam acostumados com tanta informação disponível para o brasileiro médio... nem com a vontade de trocar ideias de tanta gente inteligente - esses maconheiros lerdos e sequelados :-D)

para ficarmos todos mais sabidos, recomendo a leitura dessa matéria aqui, publicada no Le Monde Diplomatique www.migre.me/a6VF

vamo que vamo
à legalização e além!

[Ed. 34#] ErvaMundi: Cultura da Maconha no Brasil: Nordeste! - www.hempadao.com


Hoje o ErvaMundi é mais do que especial. Sabendo da responsabilidade e exigência de nossos leitores, resolvemos então chegar no Brasil com mais calma e passar cinco deliciosas semanas no estudo das regiões brasileiras. O post não permite um estudo sociológico ou cultural completo, mas sim uma crônica informativa, somada a detalhes e impressões que estrangeiros tem da nossa terra. Vamos começar pela primeira região a ser descoberta, o Nordeste! Antes de tentar submergir na cultura local, já explano a virtual: Lá de Pernambuco, Neco Tabosa agiliza o Filipeta da Massa e da Bahia, Sérgio Vidal representa a ANANDA. Grande salve a todos da região! Salve geral para os agentes da revolução.

Leia o post completo...

20 de out. de 2009

Concurso Logolize - www.radiolegalize.com


Com mais de um ano de veiculação da Rádio Legalize, já está mais que na hora de ter uma imagem que a caracterize. Ao longo desse tempo tivemos algumas sugestões de logo, mas nenhuma se encaixou perfeitamente no perfil e outros designers amigos sempre ficam enrolando para mandar uma arte que se preze. Então para servir de estímulo para os neurônios dos criativos designers a Rádio Legalize com o apoio da loja Semente de Maconha e de vários blogs amigos da início ao concurso Logolize. O concurso é aberto a todas as pessoas registradas no site da Rádio Legalize e do Semente de Maconha, com o mínimo de criatividade e força de vontade. A logo tem que transmitir que é uma web rádio que apóia a legalização da cannabis. Sabemos que não é fácil por isso entre os dias 20/10 e 13/11 envie sua arte para nós e concorra a um lindo Bong iluminado com LED para iluminar sua mente e um desberlotador elétrico para agilizar sua vida.

(clique para ler lá na radio legalize)

Obama flexibiliza uso de maconha como remédio - com agências :D

NOVA IORQUE – O presidente Barack Obama aprovou ontem novas diretrizes no combate ao consumo de maconha nos EUA. A política federal antidrogas respeitará a legislação dos 14 Estados americanos que permitem o consumo legal de maconha com receita médica. Dessa forma, os promotores federais não mais processarão consumidores, concentrando esforços em casos que envolvam traficantes ou em acusados de usar as leis estaduais para encobrir negócios ilícitos com a droga.

O secretário de Justiça, Eric Holder, confirmou que esta é uma mudança radical em relação ao que recomendava o governo Bush. “Não usaremos mais recursos públicos federais para perseguir aqueles que consomem maconha sob orientação médica ou os que proveem acesso à droga por orientação médica e de forma legal em seus Estados”, disse.

Além da Califórnia, também aceitam o consumo de maconha para fins medicinais Colorado, Alasca, Havaí, Maine, Maryland, Michigan, Montana, Nevada, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont e Washington.

17 de out. de 2009

10 de out. de 2009

drogas, modos de usar - ou a peneira, o sol, o deputado e o jornalista reaça

que sol, hein deputado?
vai uma peneirinha aí?

Não sei como foi com vocês, mas lá em casa se falava abertamente sobre o consumo de uma droga muito usada na própria casa em reuniões com os amigos dos meus pais, em quase todas as casas ao redor da nossa, nos lugares que visitávamos nos finais de semana, no playground do prédio onde a gente morou ... Era muito comum ver alguém bebendo cerveja, vinho, uísque ou cachaça. Geralmente acompanhado de uns pedaços de fruta, amendoins ou alguma fritura gostosa pra cacete. Que a gente não podia comer, porque era coisa de adulto e era só esperar que “daqui a pouco já ia sair o almoço”.

Não era segredo pra ninguém, na manhã de sábado, do feriado ou nos aniversários a galera bebia - e muito - reunida por um violão, um jogo ou uma churrasqueira e costumava ficar mais engraçada, mais sincera, falar mais palavrão ou chegar a cair e arrumar confusão se continuasse bebendo depois do fim da festa.

“Cada um tem seu limite, só você vai saber o seu. Aprenda a respeitá-lo”. Caralho, como eu ouvi isso da minha mãe... toda vez que a ressaca infernal do dia seguinte me lembrava que o conselho tinha sido completamente ignorado durante a noite de bebedeira. E pra mim sempre foi muito fácil conseguir essa droga – e passar dos limites usando-a - antes que eu tivesse a idade certa para comprar, ou em garrafas pequenas para beber em locais proibidos e, até bem pouco tempo atrás, em postos de gasolina, onde se entra e sai dirigindo um carro! Era muito comum driblar uma lei qualquer em função de conseguir álcool para consumo.

Pelo que me lembro, as informações para minimizar os efeitos da droga que reúne e enlouquece o país sempre puderam ser encontradas em conversas, livros, revistas...

“Não misture bebidas”, “beba alguma água entre uma dose e outra”, “passe a chave do carro para alguém que bebeu menos”, "não se bebe de estômago vazio", “não se fecha negócio em mesa de bar”, “porre não se comenta”... Sem contar a parte “engraçada” do hábito de ficar louco depois de tomar umas e outras: “não existe mulher feia, você é que bebeu pouco”, “cerveja: desde 1880 ajudando gente tímida a trepar”, “depois de beber, você consegue fazer um quatro, um oito... e um doze?”

No meio de muito reducionismo e anedotário era só ter algum bom senso e perceber que as boas dicas estavam realmente ali. Colocar em prática era só questão de amadurecimento e bom senso.

Pois bem, fui crescendo e a ficha finalmente foi caindo... Aprendi que no Brasil - depois de grande - você pode se reunir com os amigos para conversar, paquerar, contar piadas e se drogar. Na calçada de casa, no boteco na esquina do trabalho, durante o almoço de uma sexta de pouco movimento, numa manhã de folga... todo mundo pode lhe ver consumindo droga. No meio da cantada, para estabelecer um laço de amizade, saber mais sobre os bastidores do trabalho é permitido oferecer droga e deixar alguém relaxado ao ponto de fazer ali um grande amigo ou começar um romance.

Hábito largamente aceito, mas que nem por isso deve ser confundido com inofensivo: ingerir bebida alcoólica É fazer uso de droga. Saber como não acabar se fudendo pelo abuso dessa substância é dever de pais, professores e responsáveis por menores de idade. Ignorar o assunto é abandonar pessoas em formação à própria sorte, é desumano e é um descaso filho da puta.

Essa é uma das causas que move os grupos que organizam as marchas da maconha no Brasil. É preciso identificar as substâncias utilizadas por um povo em determinada época e ajudar - todos que quiserem – a reduzir os danos de consumo do que estiver sendo usado.

Setores conservadores (e desinformados) da sociedade, representados por gente do nível dos Deputados Federais Laerte Bessa e ACM Neto, o “blogueiro da Veja” Reinaldo Azevedo ou o “repórter de crime” Jorge Antonio Barros parecem pensar o contrário. Além de não concordarem com o livre trânsito de informações e dicas de redução de danos, eles ainda consideram impensável, perigoso e/ou imoral o debate público sobre drogas na sociedade brasileira. Nunca os vi se pronunciando sobre o consumo de álcool, mas quando o assunto é consumo de maconha esse é o tom usado.

Nos textos e discursos desses caras, tudo vira chacota ou ameaça à ordem vigente: “um ministro de estado não pode se envolver com palhaçadas como a marcha da maconha”, “descriminalizar a maconha é perigoso”, “maconha é comprovadamente porta de entrada para o crack”

Será que eles acreditam que amigos, parentes, fornecedores, sócios e colegas deles não estão entre o público consumidor de maconha no Brasil?
Ou que esses consumidores não merecem informação e atenção especializada? Só uns cascudos?
Que manter essa posição dura contra quem quer o debate sobre a guerra - que mata, aleija e destrói milhares de brasileiros - os faz melhores que os outros?
Que a melhor saída é ignorar os fatos e manter a milionária guerra para erradicar (?!?!?!) as drogas do mundo?

Ou como disse recentemente (sobre outro assunto) o Arnaldo Branco: essas pessoas não promovem uma visão distorcida da realidade porque não têm noção nenhuma da realidade.

Esse texto é dedicado a Átila, um amigo que morreu sexta-feira. Vítima de uma bala de revólver e não da substância que consumia.

8 de out. de 2009

3 de out. de 2009

filipeta da marcha da maconha salvador 2009 - www.redeananda.org


informe-se: www.redeananda.org

du caralho, du caralho, du caralho soteropolitanos!