29 de dez. de 2010

email para dois políticos (enviado aos gabinetes) - marcha da maconha 2011

ATT: Delegado Laerte Bessa (infeliz deputado)


Com cópia para: Carlos Minc (feliz ministro do meio ambiente - feliz até demais!)



Sr. Delegado,
Solte esta mulher. Eu preciso dela cedinho, pra fazer o meu café.
Sr. Delegado,
Mas o que eu posso fazer? Ela estando na cadeia, falta em casa o que eu comer.

Mas veja bem você (tão acostumado aos tratamentos de excelência!): Não tem mais o que fazer?

Bem que poderia criar uma nova lei. Uma lei que ninguém seguiria, pois é fato a inutilidade de seu papel quanto cidadão.
Ora mais! Você foi inventar de ser político!

político!?
não haria de ter uma profissão melhor? mais prestigiada... mais próxima da população... mais séria... mais útil...

O senhor (tratamento nominal dado ao fato da diferença de idade, não há qualquer menção de respeito hierárquico aqui) poderia continuar sendo delegado, seja lá onde for. Mas além de delegado (haja vista que pior que político só sendo policial e político) resolveu legislar. Mas o senhor (sem qualquer respeito hierárquico) resolveu que além de não saber como desempenhar o papel legislador, acha pouco e questiona a constituição.

Deixe-me explicar melhor: Tu (sinceramente: te chamar de sr. é muito difícil) devias saber (já que és delegado e deputado) que existe um livro chamado "constituição". Este livro (também conhecido como carta-magna) é composto dos princípios básicos que cada cidadão deve seguir para que a sociedade se auto-regulamente. Isto significa que a sociedade (pelo menos teoricamente) constitua regras para auto regularmentar-se (espero, sinceramente, que entendas alguma coisa sobre flexões adverbiais) (espero também que saibas sobre o uso de apostos e parentesis, já que me utilizo deveras deles - a propósito: sabes o que siginifica deveras. Não?).

Vocês deputados (aqui pra nós: que profissãozinha!) deveriam conhecer este livro. Tomarei a liberdade de indicar uma biblioteca que possue tal publicação (que vossas exelências - se é que encaixam-se nestes termos - deveriam freqüentar): BIBLIOTECA DO CONGRESSO FEDERAL. Fica bem pertinho do seu escritório, nem precisa de passagem superfaturada pra ir. Se bem que prefiro a sobretaxa no elevador do que o envio de filhos, sogras, netos, cunhadas e até o zé doidin pra disneylândia.

Neste livro diz o seguinte:
"é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença"
Imagine só!!! Já pensou!? Eu posso escrever até este email e não há nada legal que me negue este direito!
Isto é dito (eu sei que conheces pouco o tal testamento) no TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS; parágrafo IX.

Não deveria estar te explicando isto (já que és bacharel em direito, delegado e deputado - um coquetel infeliz de profissões). Mas vamos lá: siginifica que qualquer um pode reclamar da lei que não o assiste. Ou que o descrimine. Ou mesmo o oposto: reclamar

DROGAS
PREVENÇÃO DE DROGAS E DIREITOS DE USUÁRIOS
Lei 4074/03 – Estabelece diretrizes para a prevenção, o tratamento e os direitos dos usuários de drogas e dependentes químicos, com o objetivo de evitar a humilhação e a discriminação. Garante acesso à informação e aos serviços de saúde, integra as famílias e escolas, combatendo a hipocrisia dominante que impede a assistência aos dependentes. Determina apoio aos servidores com dependência para a superação, sem exclusão.

ps. Mando este email com cópia ao gabinete do ministro Carlos Minc. Não que me interesse sobre o papel político deste ministro ou ministério. Cada vez que ouço ou vejo tal asneira que você, e tantos outros seres humanos (principalmente os políticos e policiais), fazem ou dizem, fico mais convencido de que nós, humanos, temos mesmo é que sumir e devemos deixar espaços para QUE AS PLANTAS VINGUEM!

E sei que haverão, ao menos, dois emails oficiais (pelo menos menos) que receberão alguma prova para assegurar minha integridade!
afinal de contas tu é delegado e político (quem tem ânus tem medo!)

diogo todë, por email aos políticos citados [com cópia para este filipeta]

20 de dez. de 2010

Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor - Sergio Vidal


Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor
Sergio Vidal

Este livro foi escrito para atender uma lacuna existente na literatura brasileira a respeito da planta Cannabis sativa. Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor é o primeiro livro em português a respeito do tema e é fruto de uma extensa pesquisa de revisão bibliogŕafica. Osmose, transpiração, respiração, pH, dióxido de carbono, condutividade elétrica, fotosíntese, clonagem, floração e lumens, são apenas alguns exemplos dos temas discutidos aqui. Esta obra trata sobre esses e diversos outros assuntos do interesse de pessoas que trabalhem em estabelecimentos autorizados legalmente a cultivar cannabis, ou de pesquisadores ou leigos no assunto, que pretendam ampliar seus conhecimentos sobre a planta.




18 de dez. de 2010

cachaça de maconha - cartas ao Seu Planto

faz um tempo aí, recebemos esse email elegante:

OLa Felipe,
Bom dia....será que vc pode me ajudar.......gostaria de fazer a cachaça de marijuana, mas tenho um pouco de duvidas!!
O processo é o mesmo das outras follhas que de chamos macerando???? é so colocar as folhas
( no seu processo de floraçao que ja tem bastante resina)
ou posso colocar as folhas da podagem qdo ainda esta em crescimento???
Muito obrigada desde já....
E se nao poder ajudar-me nao passa nada,...
mesmo assim te agradeço a atençao....
abraços

acionamos o nosso especialista e... nada.
mas depois que o email da leitora foi reenviado com uma série de palavrões, o especialista se ligou que já tinha respondido..... só tinha esquecido o anexo :D
segue a resposta. Na verdade, uma receita:

Prezada,
bom dia e desculpa pela demora da resposta.

Por não se tratar de um composto hidrosolúvel, a melhor forma de se obter o THC é com a infusão de qualquer parte da planta em alcool (seja qual for a origem do mesmo) e quanto melhor a qualidade da tua bebida melhor ficará a mistura, outra coisa importante é o tempo de infusão - ou seja colocar as partes aéreas da planta imersas no alcool.

Ando realizando estudos que estão sendo feitos com as raizes por conter também o princípio ativo THC - depois envios os relatos desse experimentos -

Não existe a necessidade de macerar, e quanto maior o teor do THC colocado na infusão mais forte ficará a bebida, as flores irão ter um bom resultado, lembrando que todas as partes da mesma e independente da idade posuem o canabinóide.

Recomendo que:

1) pegue uma garrafa vazia;

2) coloque a maior quantidade de partes - cortadas ou não - da planta, caso coloque as raizes lave-as bem para retirar toda a areia, não fazendo isso sua bebida ficará crocante;

3) depois acrescente o líquido alcoolico de sua preferência, recomendo uma cachaça da melhor qualidade que conseguir;

e 4) esqueça dela o maior tempo possível ou ficará provando sempre que tiver curiosidade em saber como está o gosto, sei como é isso....

Em testes realizados entre três e seis meses é suficiente para apurar o sabor, e depois de bebido todo o líquido, a operação de acrescentar mais bebida pode ser refeita por mais 3 ou 4 vezes.

Espero ter esclarecido as tuas dúvidas, estou aqui à disposição para novos questionamentos.
Att.
Seu Planto

Seu Planto não é esse cara aí
a cachaça a ser usada tb deve ser outra...

14 de dez. de 2010

germinou - gabriela marques e diogo spadaro

nasce um clássico canábico da MPB (maconha popular brasileira)

13 de dez. de 2010

ainda a guerra sem fim - joão ubaldo ribeiro


pense num baiano preciso!
clap clap clap!!

9 de dez. de 2010

bonitão repórter com marcelo d2 - casseta e planeta

how cannabis works - BBC

trecho do video que galegow citou no Fino da Massa #2

ks

Achtung Baby

neste natal, cultive seu próprio pinheiro! - http://www.sementemaconha.com




Maconha TV Mazar cultivo outdoor
http://www.sementemaconha.com

7 de dez. de 2010

2 de dez. de 2010

pergunta e resposta - mestre jedi LFV vs Growroom

A gafe
LUIS FERNANDO VERISSIMO
O GLOBO - 02/12/10

Estranho, muito estranho. Mesmo que não esperassem uma reação tão dura, o que o “tráfico” do Rio tinha a ganhar com os atentados que desencadearam a repressão inédita? Protesto contra a ação das UPPs nos morros ou simples e bravateira demonstração de força – nada disso esconde que o que fizeram foi ruim para eles e pior para os seus negócios. Se o que queriam era justamente levar a afronta a um ponto que forçasse uma reação na mesma medida, o mistério aumenta.

Pra quê?

As teorias conspiratórias têm sempre uma fraqueza: pressupõem uma inteligência ou um poder de dissimulação irreal dos conspiradores. Qualquer conjetura sobre o que está por trás dessa guerra, ou sobre quem aproveita o seu acirramento, acaba sendo uma especulação sobre o improvável, quando não uma fantasia. Mas o fato é que ela desafia muitas lógicas, a começar pela lógica básica do capitalismo que é a primazia do lucro em qualquer circunstância. O crime organizado não parece tão organizado assim, se é responsável por tamanha gafe em termos de relações públicas. Acima dos estragos que está causando na vida de tanta gente, a guerra está abalando o mercado. Lucros cessantes é o maior terror de qualquer empreendimento. Pode-se imaginar que os lucros do “tráfico”, pelo menos por um tempo, cessarão ou diminuirão. A droga sendo apreendida nos morros é principalmente maconha, que segundo alguns nem droga é. Pode-se supor que o comércio de maconha seja a principal atividade desse exército maltrapilho e bem armado, hoje acuado, que vende para a sua própria classe, e que cocaína e etc. circulem em outros esquemas, mais sofisticados e discretos. Mas todo o mercado foi afetado pela gafe.

O Brasil, como se sabe, é uma país de corruptos sem corruptores. Pelo menos até hoje nenhuma grande empreiteira ou coisa parecida teve que responder por atos de corrupção em que participou como compradora de favores. O mercado de drogas é parecido, um estranho, muito estranho, mercado só de fornecedores. Dos consumidores nunca se ouve falar. Mas, presumivelmente, eles também sofrerão com a gafe. Pelo menos por um tempo.



27 de nov. de 2010

a colheita do pato - orange bud - www.sementedemaconha.com


o pato /
vinha colhendo alegremente,
quén, quén //
(...)

24 de nov. de 2010

Simpósio Abesup - links para cobertura Hempadão + video da última mesa

cobertura de cebola pessoa, pro hempadão.com

mesa: antiproibicionismo em questão




O antiproibicionismo em questão – 13:30 às 16:00h.

Júlio Delmanto – Representante do Coletivo Desentorpecendo a Razão – DAR – SP

Maurício Fiore – NEIP – SP

Neco Tabosa – Filipeta da Massa – PE

Tom Valença – CAPS AD III Gey Espinheira – BA

Luiz Paulo Guanabara – Psicotropicus – RJ



Reunião Plenária – 16:20 às 18:00.

#simposioabesup - por HKE...

grooroom e a lombra fluida !
esse é da flor da trombeta ......... ta que nem parece a trombeta mesmo mas quando vc toma qual quer flor é flor ..........

trombetas do ceu no inferno !
massa !
daime e a natureza celebral
crak veção dois ..... a noia !

22 de nov. de 2010

Transmissão: Simpósio sobre drogas da ABESUP

se ligue nos horários, assista e participe...
www.twitter.com/filipetadamassa

encaminhe suas perguntas ao pessoal das mesas pelo
www.twitter.com/abesup

(a partir da manhã dessa terça-feira)
O Simpósio estará sendo transmitido ao vivo! Assista aqui.


Julgamento de Gilberto Gil por uso de Maconha em 1976

20 de nov. de 2010

Simpósio Nacional sobre Drogas em Salvador - Especialistas se reúnem para discutir CRACK - Joey / Abesup


A ABESUP – Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos com o intuito de aprofundar as discussões sobre a temática da cultura das drogas na atualidade e sua relação com a nova Lei de Drogas 11.343/2006 realizará o Simpósio Nacional “Drogas: notícias do campo, lei e movimentos sociais”.

Coordenada pelo Prof. Edward MacRae, a mesa de abertura contará com representantes dos Ministérios da Saúde e da Cultura e do CONEN/BA, além da presença do Dr. Antônio Nery Filho e seus mais de 25 anos de atenção à questão das drogas na Bahia.

A mesa Crack: notícias do campo dará início aos trabalhos apresentando as mais recentes pesquisas sobre tema. Em seguida o Prof. Michel Misse, da UFRJ, fará a conferência Significados e usos da violência no tráfico de drogas, sob a coordenação do Prof. Eduardo Paes-machado e encerrando o primeiro dia de discussões a mesa Redução de danos e movimentos sociais reunirá ativistas e profissionais para discutir as suas atividades neste campo.

O segundo dia do Simpósio começa com a Juíza carioca Maria Lúcia Karam, o Dr. João Daniel Jacobina, representante da OAB no CONEN/BA, e o advogado ativista brasiliense Mauro Chaiben discutindo o funcionamento da lei de drogas. Em seguida, como cortesia do Ministério da Cultura, serão distribuídos exemplares do livro Drogas e cultura: novas perspectivas, coletânea organizada pelo NEIP – Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos e editada pela EDUFBA sob o patrocínio do MinC.

O último turno será dedicado à discussão sobre o panorama atual do antiproibicionismo e reunirá ativistas, teóricos, pesquisadores e movimentos sociais para troca de experiências e debates. Uma plenária final encerra o evento, abrindo espaço para a livre participação de todos os interessados na temática.

O Simpósio é gratuito e as discussões acontecerão nos dias 23 e 24 de novembro de 2010 no Auditório Leopoldo Amaral, Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, Rua Aristides Novís, 02, Federação, Salvador. As inscrições serão presenciais começando meia hora antes do evento (vagas limitadas a 220 pessoas). A ficha de inscrição que deverá ser entregue impressa e preenchida durante o credenciamento. Clique aqui para baixar a ficha.

O evento é fruto da parceria entre a ABESUP e o Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD, o Laboratório de Estudos em Segurança Pública, Cidadania e Solidariedade – LASSOS, o Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Substâncias Psicoativas – GIESP, o Programa de Pós-graduação em Antropologia – PPGA/UFBA, o Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais – PPGCS/UFBA e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos – NEIP, com os apoios do Conselho Estadual de Entorpecentes – CONEN/BA, do Ministério da Cultura – MinC, do Ministério da Saúde, do Laboratório de Investigações em Desigualdades Sociais – LIDES, da Associação Baiana Medicina – ABM, das Voluntárias Sociais, da ONG Viva Rio e do Centro de Convivência É de Lei.

O Simpósio será transmitido ao vivo pela internet nos seguintes sites:

Blog Filipeta da Massa

Blog Hempadão

Coletivo Desentorpecendo a Razão – DAR

Comissão Brasileira Drogas e Democracia

Comunidade Segura - Rede de idéias e práticas em segurança humana

Fórum Growroom

Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos - NEIP

Observatório Baiano sobre Substâncias Psicoativas – CETAD OBSERVA

ONG Viva Rio



ABESUP no Twitter: @abesup



PROGRAMAÇÃO

Terça-feira, 23 de novembro de 2010

Credenciamento – 8:30 às 9:00h.

Apresentação do evento e da ABESUP – 9:00 às 10:00h.

Afonso Henrique Martins Luz – Representante do Ministério da Cultura

Ana Pitta – Representante do Ministério da Saúde

Antônio Nery Filho – CETAD/UFBA – BA

Edward MacRae – FFCH/UFBA – BA

João Sampaio Martins – CONEN/BA



Crack: notícias do campo – 10:00 às 12:00h.

Bruno Ramos Gomes – Centro de Convivência É de Lei – SP

Luana Malheiro – Instituto de Saúde Coletiva, ISC/UFBA – BA

Marco Manso – Aliança de Red. de Danos Fátima Cavalcanti, FAMED/UFBA – BA

Raquel Martins Pinheiro – Centro Mineiro de Toxicomania, FHEMIG – MG



Significados e usos da violência no tráfico de drogas – 14:00 às 15:30h.

Eduardo Paes-Machado – FFCH/UFBA – BA

Michel Misse – UFRJ – RJ



Redução de Danos e Movimentos Sociais – 16:00 às 18:00h.

Marcelo Andrade Magalhães – Coletivo BaLanCe de Redução de Riscos e Danos – BA

Samantha França – Viva Rio – RJ

Sandra Lúcia Goulart – NEIP – SP

Sérgio Vidal – GROWROOM – SE

Thiago Calil – Centro de Convivência É de Lei – SP



Quarta-feira, 24 de novembro de 2010



O funcionamento da Lei de Drogas: a perspectiva jurídica – 9:30 às 11:30h.

João Daniel Jacobina – Representante da OAB no CONEN – BA

Maria Lúcia Karam – IBCCRIM – RJ

Mauro Chaiben – Maurício Correa Advogados Associados – DF



Distribuição do Livro “Drogas e Cultura: novas perspectivas” (cortesia do MinC)



O antiproibicionismo em questão – 13:30 às 16:00h.

Júlio Delmanto – Representante do Coletivo Desentorpecendo a Razão – DAR – SP

Luiz Paulo Guanabara – Psicotropicus – RJ

Maurício Fiore – NEIP – SP

Neco Tabosa – Filipeta da Massa – PE

Tom Valença – CAPS AD III Gey Espinheira – BA



Reunião Plenária – 16:20 às 18:00.

16 de nov. de 2010

drogas: notícias do campo, lei e movimento sociais



caras, como eu tô feliz com esse convite do Prof. Edward MacRae...

são 10 anos de jornalismo convencional trabalhando pra muito filho da puta (vulgarmente chamado de 'empresário pernambucano') que só quer saber de contar a verdade parcialmente em 'seus' telejornais, sites, radios e publicações impressas


com 2 anos de comunicação - verdadeiramente social - para o universo maconheiro me chega esse reconhecimento do trabalho feito em livros e camisetas e filipetas virtuais

tô indo lá na semana que vem contar o que eu consgio me lembrar dessa história :D

abração a victor zalma, diogo todë, henrique koblitz, greg, bruno benzina, queops negão, joão ricardo, maria zita, ellen ma-ha, flaviana tabosa, antonio lucio.... (além de todos os incentivadores - anônimos ou que eu simplesmente esqueci de citar - ) sem vocês eu não tinha feito porra nenhuma!

11 de nov. de 2010

Simpósio Nacional “Drogas: notícias do campo, lei e movimentos sociais” - Salvador, 23 e 24/11

Tornou-se senso-comum hoje a afirmação de que uma abordagem compreensiva e integrada do fenômeno das drogas deve levar em conta seus vários aspectos bio-psico-sociais. Mas na prática os estudos do tema têm sido desenvolvidos dentro das disciplinas médicas e psicológicas. Quanto às abordagens sociais, estas se concentram no âmbito do direito ou da criminologia positivista e, geralmente, reproduzem pressupostos a respeito da natureza das drogas já dados pela sociedade envolvente e que são pouco questionados pelos estudiosos.

Tendo isso em mente, um grupo de pesquisadores provenientes de diversas partes do Brasil fundou, em 2008, a Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos -ABESUP, com a finalidade de promover abordagens críticas do uso de psicoativos, a partir de enfoques sociológicos, antropológicos, históricos, políticos, econômicos e jurídicos, sem porém pretender negar ou reduzir as suas complexidades bio-psíquicas.

Os membros da ABESUP elegem como objetos de investigação, a serem estudados tanto em termos sincrônicos quanto diacrônicos, as atitudes de diferentes sociedades em relação às substâncias psicoativas, seus usos, usuários, produtores e distribuidores. De especial interesse é a investigação dos controles sociais vigentes sobre o uso dessas substâncias, sejam eles formais, na forma de leis e regulamentos oficiais, sejam eles informais como as normas, regras de conduta, e os rituais sociais que surgem de maneira espontânea entre usuários e que podem constituir verdadeiras “culturas”.

Com o intuito de aprofundar as discussões sobre a temática da cultura das drogas na atualidade e sua relação com a nova Lei de Drogas 11.343/2006 a ABESUP está organizando o Simpósio Nacional “Drogas: notícias do campo, lei e movimentos sociais”.

O evento é fruto da parceria entre a ABESUP e o Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD, o Laboratório de Estudos em Segurança Pública, Cidadania e Solidariedade – LASSOS, o Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Substâncias Psicoativas – GIESP, o Programa de Pós-graduação em Antropologia – PPGA/UFBA, o Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais – PPGCS/UFBA e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos – NEIP, com os apoios do Conselho Estadual de Entorpecentes – CONEN/BA, do Ministério da Saúde, do Laboratório de Investigações em Desigualdades Sociais – LIDES, da ONG Viva Rio e do Centro de Convivência É de Lei.

As discussões acontecerão no Auditório Leopoldo Amaral, Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, Rua Aristides Novís, 02, Federação, Salvador, nos dias 23 e 24 de novembro de 2010, reunindo cientistas, juristas e antiproibicionistas de diferentes estados para mesas e debates sobre a questão das drogas.

O simpósio será transmitido ao vivo pela internet nos seguintes sítios:

www.neip.info
www.cetadobserva.ufba.br
www.filipetadamassa.blogspot.com
http://coletivodar.wordpress.com
www.vivario.org.br
www.comunidadesegura.org
www.drogasedemocracia.org.br

PROGRAMAÇÃO
Terça-feira, 23 de novembro de 2010

Apresentação do evento e da ABESUP – 9:30 às 10:00h.
Antônio Nery Filho – CETAD/UFBA – BA
Célia Baqueiro – CONEN/BA
Edward MacRae – FFCH/UFBA – BA
Representante do Ministério da Saúde

Crack: notícias do campo – 10:00 às 12:00h.
Raquel Pinheiro – Centro Mineiro de Toxicomania, PUCMG – MG
Marcos Manso – Aliança de Red. de Danos Fátima Cavalcanti, FAMED-UFBA – BA
Luana Malheiro – Instituto de Saúde Coletiva, ISC/UFBA – BA
Bruno Ramos Gomes – Centro de Convivência É de Lei – SP

Significados e usos da violência no tráfico de drogas – 14:00 às 15:30h.
Michel Misse – UFRJ – RJ
Eduardo Paes-Machado – FFCH/UFBA – BA

Redução de Danos e Movimentos Sociais – 16:00 às 18:00h.
Sérgio Vidal – ANANDA/GROWROOM – SE
Samantha França – Viva Rio – RJ
Thiago Calil – Centro de Convivência É de Lei – SP
Marcelo Andrade Magalhães – Coletivo BaLanCe de Redução de Riscos e Danos – BA

Quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O funcionamento da Lei de Drogas: a perspectiva jurídica – 9:30 às 11:30h.
Mauro Chaiben – Maurício Correa Advogados Associados – DF
Maria Lúcia Karam – IBCCRIM – RJ
Representante da OAB – BA

O antiproibicionismo em questão – 13:30 às 16:00h.
Luiz Paulo Guanabara – Psicotropicus – RJ
Neco Tabosa – Filipeta da Massa – PE
Maurício Fiore – NEIP – SP
Representante do Coletivo Desentorpecendo a Razão – DAR – SP
Tom Valença – CAPS AD3 Gey Espinheira – BA

7 de nov. de 2010

6 de nov. de 2010

31 de out. de 2010

Zach Galifianakis* fumando um baseado no Bill Maher's Show



* em português se pronuncia chaps melo

se garantiu ou não?
quero ver alguém contrargumentar isso!

25 de out. de 2010

Cartão de Direitos dos Usuários - psicotropicus.org


O Cartão do Usuário se baseia na atual Lei de drogas brasileira e explica, em linguagem acessível, quais são os direitos das pessoas que usam drogas. O nosso maior objetivo é garantir o acesso de todos à informação.

Lançaremos o Cartão na próxima quarta feira, dia 27. No evento, realizaremos uma mesa de debate sobre os Direitos dos Usuários. Caso você tenha interesse em comparecer, estaremos distribuindo o Cartão do Usuário. As inscrições podem ser realizadas através deste email (psicotropicus@psicotropicus.org)

Participe do nosso debate, conheça seus direitos, troque experiências!

Atenciosamente,

Psicotropicus - Centro Brasileiro de Políticas de Drogas
Rua Gen. Justo 275 sala 316-B
Castelo, Rio de Janeiro, 20021-130
Tel: (55-21) 2516-1102
Fax:(55-21) 3576-7012

20 de out. de 2010

Hempadão Entrevista: Gustavo Black Alien

quer saber porque o filipeta está cada vez mais afastado da organização da marcha da maconha no recife?
e porque a verdade sempre vem à tona?

parte disso tudo está no discurso lúcido de gustavo black alien. clique para ver::



agora.... ano que vem tem outro fino da massa, nem se preocupem!

mas....... participar de marcha/comitê que sai no guia eleitoral de suplente carioca verde....... ou 'apoiar' movimento social vermelho divertido é que são elas............. ALL babylon will fall!

2011: 50 anos da 'Single Convention on Narcotic Drugs' da ONU.
algo a comemorar?

2011: 50 years of UN´s 'Single Convention on Narcotic Drugs'
anything to celebrate
?

12 de out. de 2010

Nei Lisboa - Síndrome de abstinência (via @henricarneiro)

Why are the effects of marijuana so unpredictable? - Jonah Lehrer @wired.com


Alcohol is mostly predictable. When we drink a beer (or three), we usually have a pretty good sense of what it’s going to feel like. We can anticipate the buzz, the slackening of self-control, the impaired motor movements and the increased mind-wandering. In part, this is because alcohol is a tightly regulated psychoactive drug, and the alcohol content is clearly printed on every bottle. We also sense alcohol directly, so that the potency of a hard liquor tastes different than that of weak light beer. When we drink, we generally know how drunk we are going to be.

But not all drugs are so predictable. Consider marijuana, which can trigger dramatically different symptoms depending on the strain and context. It’s long been known that different strains of the drug contain various amounts of Tetrahydrocannabinol (THC), the main psychoactive ingredient. When people talk about the effects of the drug – such as giddiness, the munchies, and a sudden desire to watch The Big Lebowski – they’re typically referring to the effects of THC. (Interestingly, the same chemical can also make us paranoid. More on that later.) But THC doesn’t work alone – marijuana also contains cannabidiol, a compound associated with calm and relaxation. The ratio of THC to cannabidiol seems to be the key variable: Skunk-type strains, for instance, contain a higher ratio of THC to cannabidiol than, say, marijuana byproducts like hashish.



28 de set. de 2010

10 mitos e 10 verdades sobre a legalização da maconha - www.renatocinco.com.br

friquinique*, por eduardo medeiros

1o Mito
A Maconha é uma porta de entrada para outras drogas.

Verdade:

Existem drogas que potencializam o efeito de outras drogas. É o caso da cocaína e álcool. O efeito da maconha, porém, é inibido pelo uso de outras drogas. Por isso é improvável que a maconha por si suscite o uso de outras drogas. O que às vezes ocorre é que a marginalização dos consumidores de drogas os torna companheiros de discriminação favorecendo a identificação entre grupos. Esse mesmo efeito também ocorreria com os consumidores de álcool numa eventual proibição deste. A maconha, entretanto, não perde o efeito e nem leva ao consumo de drogas mais pesadas. A Holanda, único país que legalizou o consumo da maconha, serve de exemplo internacional neste sentido. A legalização da maconha não aumentou o consumo de heroína, cocaína ou qualquer outra droga. Os consumidores de cânhamo são consumidores de cânhamo. Quando muito possuem interesse pelo chá de cogumelo. Na década de 1960, culturalmente os usuários da cannabis também utilizaram LSD nos EUA. Mas isso foi uma característica cultural e não um efeito químico da droga.


*o preço da maconha na ilustra não deve ter sido propaganda eleitoral intencional, mas... nunca se sabe!
dadas as condições da conjuntura atual, o filipeta prefere não declarar o voto pra não dar merda.
#gabeiraBADfeelings


14 de set. de 2010

28 de ago. de 2010

DEBATE - MACONHA E LEGALIZAÇÃO / Unicap. agosto/2010

mais um player que não consigo 'embedar' aqui no blogspot.


no caso, eu, um pastor evangélico e um inspetor da Polícia Rodoviária Federal.

valeu pelo convite e simpatia, garotas!
e um abraço pra gordinho!

24 de ago. de 2010

canadá, pesquisas com fibra de cannabis e o kestrel

pesquisas no canadá incentivam a produção de cannabis para fabricação de fibra. um ano depois desse video...



... já anunciam o protótipo do kestrel. o carro elétrico com estrutura feita de maconha >>> http://migre.me/175us <<< mês que vem, em vancouver.

21 de ago. de 2010

Seattle Hempfest PSA 2010 - 21 e 22 de agosto

ouça o dragão / festival anual feito por voluntários / http://hempfest.org/drupal/node


1 de ago. de 2010

1,2,3...travando!* - quinta > 05/08 > 22h

*interrompemos as postagens de cunho maconheiro neste blog por motivos descarados de autopromoção... se tiver no recife - e quiser rir menos do que assistindo ao debate eleitoral - vá ver esse experimento teatral... depois vc me diz o que achou :D

30 de jul. de 2010

Viaje a la Tierra - ARDA

15 coisas que você deve saber sobre maconha - www.haznos.org

clica aê!

14 de jul. de 2010

Cientistas fazem carta pró-maconha - folha de são paulo


da Folha de São Paulo
para acompanhar o caso de Pedro Caetano, acesse o Growroom

Um grupo de neurocientistas que estão entre os mais renomados do país escreveu uma carta pública para defender a liberalização da maconha não só para uso medicinal, mas para "consumo próprio", informa Eduardo Geraque em reportagem publicada na edição desta quarta-feira da Folha (íntegra disponível para assinante do UOL e do jornal).

A motivação do documento foi a prisão do músico Pedro Caetano, baixista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, que ganhou repercussão na internet. Ele está preso desde o dia 1º sob acusação de tráfico por cultivar dez pés de maconha e oito mudas da planta em casa, em Niterói (RJ). Segundo o advogado do músico, ele planta a erva para consumo próprio.

Os cientistas falam em nome da SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento), que representa 1.500 pesquisadores. De acordo com os membros da sociedade, existe conhecimento científico suficiente para, pelo menos, a liberalização do uso medicinal da maconha no Brasil.

Veja a íntegra da carta:

"A planta Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, é utilizada de forma recreativa, religiosa e medicinal há séculos mas só há poucos anos a ciência começou a explicar seus mecanismos de ação.

Na década de 1990, pesquisadores identificaram receptores capazes de responder ao tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da maconha, na superfície das células do cérebro. Essa descoberta revelou que substâncias muito semelhantes existem naturalmente em nosso organismo, permitiu avaliar em detalhes seus efeitos terapêuticos e abriu perspectivas para o tratamento da obesidade, esclerose múltipla, doença de Parkinson, ansiedade, depressão, dor crônica, alcoolismo, epilepsia, dependência de nicotina etc. A importância dos canabinóides para a sobrevivência de células-tronco foi descrita recentemente pela equipe de um dos signatários, sugerindo sua utilização também em terapia celular.

Em virtude dos avanços da ciência que descrevem os efeitos da maconha no corpo humano e o entendimento de que a política proibicionista é mais deletéria que o consumo da substância, vários países alteraram, ou estão revendo, suas legislações no sentido de liberar o uso medicinal e recreativo da maconha. Em época de desfecho da Copa do Mundo, é oportuno mencionar que os dois países finalistas, Espanha e Holanda, permitem em seus territórios o consumo e cultivo da maconha para uso próprio.

Ainda que sem realizar uma descriminalização franca do uso e do cultivo, como nestes países, o Brasil, através do artigo 28 da lei 11.343 de 2006, veta a prisão pelo cultivo de maconha para consumo pessoal, e impõe apenas sanções de caráter socializante e educativo.

Infelizmente interpretações variadas sobre esta lei ainda existem. Um exemplo disto está no equívoco da prisão do músico Pedro Caetano, integrante da banda carioca Ponto de Equilíbrio. Pedro está há uma semana numa cela comum acusado de tráfico de drogas. O enquadramento incorreto como traficante impede a obtenção de um habeas corpus para que o músico possa responder ao processo em liberdade. A discussão ampla do tema é necessária e urgente para evitar a prisão daqueles usuários que, ao cultivarem a maconha para uso próprio, optam por não mais alimentar o poderio dos traficantes de drogas.

A Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC) irá contribuir na discussão deste tema ainda desconhecido da população brasileira. Em seu congresso, em setembro próximo, um painel de discussões a respeito da influência da maconha sobre a aprendizagem e memória e também sobre as políticas públicas para os usuários será realizado sob o ponto de vista da neurociência. É preciso rapidamente encontrar um novo ponto de equilíbrio."

Cecília Hedin-Pereira (UFRJ, diretora da SBNeC)
João Menezes (UFRJ)
Stevens Rehen (UFRJ, diretor da SBNeC)
Sidarta Ribeiro (UFRN, diretor da SBNeC)

4 de jul. de 2010

los paranoias - the beatles




outtake do white album / album branco

17 de jun. de 2010

marijuana prohibition songs - various artists

marijuana prohibition songs by /lombra

as contribuições de buck jones, johnny price e mr sunshine à propaganda de proibição da maconha nos Estados Unidos

(enviado pela leitora mais fiel do blog, srta ellen ma'ha)
via WFMU's Beware of the Blog de Listener Greg G.

metous na copa - cebola e tiago

passa a bola, brasil!
rererererere

esses caras tiram é onda.
e a linha 'passa a bola' da /lombra deve chegar ao fim antes dessas peladas (ou babas, como se diz na terrinha) :D

25 de mai. de 2010

O Fino da Massa 2 - pontos de venda**

O Fino da Massa 2 foi lançado em plena Marcha da Maconha - Recife / 2010, pra alegria da rapaziada

para comprar o livro basta levar sete reais (R$ 7,00)* para os seguintes lugares

no recife: no ACRERECIFE (Rua do Lima)
no Iraq (Rua do Sossego)
na Livraria Saraiva do Shopping Recife
na Livraria Imperatriz do Shopping Recife

em jaboatão dos guararapes: na Livaria Imperatriz do Shopping Guararapes

em caruaru: na banca terceiro mundo (na frente da igreja da matriz)

em salvador: no sebo berinjela (ali na entrada do Pelourinho)

no rio de janeiro: contata o RenatoCinco pelo twitter
na La Cucaracha. informações com quem? quem? o Capitão Presença, ele mesmo: MatiasMaxx

em são paulo*: contata o Sergio Vidal pelo twitter ou pelo telefone (11) 7028.6983 ou pelo email sergiovidal@growroom.net

em brasília: o brodagem Daniel pegou uns pra vender na marcha de logo mais. contate o Daniel pelo twitter

*cada revendedor negocia um preço final pra venda do livro, ajustando-o às condições locais de temperatura, pressão e poder aquisitivo. em são paulo, por exemplo, é dez pila (R$ 10,00) na mão do livreiro canábico.

**isso de trocar papel moeda por papel impresso com tinta preta não é a única maneira de acessar o Fino 2 não, viu? tô só esperando o diagramador voltar de uma viagem aí pra fazer a versão online

CQC na Marcha da Maconha São Paulo 2010

22 de mai. de 2010

força bruta versus fortaleza - helena ortiz



Primeiro amordaçados, depois mais fortes com a chegada de adeptos e simpatizantes, os manifestantes pró-legalização das drogas em Fortaleza não se deixaram vencer pela decisão arbitrária. Resistiram carregando cartazes e chamando a atenção para a causa na Av. Beira Mar, na tarde de domingo.

Um número surpreendente de viaturas de policiais federais se fez presente, e os policiais, de maneira bastante bruta, carregando armas pesadas, proibiram que os manifestantes pronunciassem as palavras "polícia" e "maconha".

A Marcha, disse o Comandante do 5º Batalhão, não houve. Mas mesmo não havendo mereceu no outro dia duas matérias nos jornais O Povo (Passeata pela liberação da maconha vira protesto pela liberdade) e Diário do Nordeste (Passeata pela liberação).

Na reportagem de Nicolau Araújo o jornal O Povo informa que durante quatro horas (foram mais) policiais e manifestantes travaram uma espécie de "guerra fria", depois que a Justiça proibiu o movimento em Fortaleza, durante o sistema de plantão.

Os manifestantes, no entanto, não ficaram frustrados. Ainda que sejam quase todos muito jovens, já aprenderam a lidar com a repressão e o arbítrio. E não são mais ingênuos. Aprendem as lições. Por isso o balanço foi positivo. A marcha sonhada não aconteceu, mas tanta ostentação da justiça e da polícia, seu braço armado, serviu para chamar a atenção da população e para ajudar a divulgar a nova data da Marcha - 1º de agosto. Esta é a data para a qual está chamando o organizador, José Pinheiro Junior, e a moçada toda do Ceará, Billy, Diego, Mário, Muy Loco, Drica, Mirela, Tiago, Sabine, Ítalo.

Se não for em agosto, será em setembro. Ou outubro, ou seja lá quando for, porque desistir ninguém vai.

E polícia é para quem precisa.
...

Obs: aliás, parece que quem precisa de polícia é a polícia mesma, haja vista os recentes exemplos: policial mata homem que usava furadeira; policiais prendem outros policiais; policiais algemam pé de maconha; policiais deixam fugir o preso da viatura; policiais deixam morrer a vítima e ficam com os pertences; policiais matam motoqueiros .. e por aí vai.

E a Justiça, para quem é?

17 de mai. de 2010

brasil, um país de todos (os extremos) - rio grande do sul X fortaleza

no rio grande, a terceira edição do ato



em fortaleza, a marcha dos que querem marchar

9 de mai. de 2010

pré-concentração, concentração e encerramento - vídeos

pré concentração (c/ Francisco e Heitor - o mini redutor - )

video de zirofly



concentração
video de Javier



e a desconcentração
video soparia

4 de mai. de 2010

Jornais tendenciosos e secretários que engolem corda: o desserviço da cobertura da marcha da maconha do Recife - www.ombudspe.org.br

Por Neco tabosa, editor do www.filipetadamassa.blogspot.com e do Fino da Massa

Renato Cinco é carioca e formado em sociologia. Gilberto Borges é recifense e historiador. Dois dos organizadores das marchas da maconha mais importantes do Brasil nessa primeira década do século XXI simplesmente não entendem como eles parecem conhecer melhor os princípios do jornalismo do que os repórteres e editores que cobrem o assunto nos jornais de grande circulação.

“No Rio, como no Recife, os jornalistas que vão cobrir as marchas têm uma vaga noção do que está acontecendo” diz Cinco. Diante dos textos publicados no dia seguinte à marcha do Recife, a pedido do Ombudspe, os dois fizeram considerações à cobertura. As informações desencontradas vão do número de participantes ao total desconhecimento (manipulação?) dos termos corretos para diferenciar manifestantes de infratores.

“A gente já sabia que os jornais iam tratar o assunto assim. Se falam dos usuários o ano inteiro de forma preconceituosa, porque ia ser diferente na marcha?” pergunta Gilberto.

A Rádio Jornal e o “panfleto ensinando a fumar maconha”

Em 2010, a maré de informações mal apuradas despontou nas ondas do rádio. Cinco dias antes da marcha no Recife, o radialista Geraldo Freire recebeu no estúdio da Radio Jornal o Secretário – empossado há menos de uma semana na Secretaria de Defesa Social – o linha dura Wilson Damásio. No finzinho da entrevista, surge a provocação.

“O Senhor sabe que esse ano vai ter no Recife uma passeata chamada marcha da maconha? Que já tem data marcada e a organização já está distribuindo panfletos ensinando a fumar maconha?”

No susto, o Secretário engole a corda.

“Isso é uma atividade criminosa, a difusão desse tipo de entorpecente é considerada crime pela nossa lei especializada da área. Vamos trabalhar junto com as Polícias Militar e Civil para que isso não ocorra Não podemos, de forma nenhuma, concordar com esse tipo de manifestação. (…) Vamos fazer o possível para proibir”

O repórter Eduardo Machado puxa a corda lançada pelo companheiro e o Secretário dá uma rebolada pra não dizer nem sim nem não.

“Então está proibida a Marcha da Maconha no Recife?”

“A marcha pode ser feita desde que não traga nada que configure crime. (…) É dever da Secretaria de Defesa Social reprimir esse evento, no entanto, vamos consultar o Ministério Público sobre o tema e acatar a decisão que eles tomarem sobre o assunto”.

Pronto. Não adiantava mais explicar que a policiais não fazem leis, só cumprem leis e acatam interpretações sobre pontos polêmicos conforme decisões julgadas em fóruns como o Ministério Público. Que o “panfleto ensinando a fumar maconha” se tratava de dicas de redução de danos aplicadas à saúde dos usuários de maconha, como manda a cartilha do Ministério da Saúde, e sob a linha de ‘informação sem frescura’, que posicionou o Brasil em lugar de destaque no mundo no enfrentamento à propagação da Aids.

“Assim, esse radialista está fazendo política. Não jornalismo. Parece ate a Veja falando do MST” avalia Renato Cinco.

Gilberto Borges representa a Se Liga! – primeira associação de usuários de álcool e outras drogas da América Latina, entidade que assinou as dicas de redução de danos “Isso é uma opinião ou só jornalismo sem investigação? Daquele que não apura com os dois lados envolvidos? Até eu sei que isso vai de encontro aos manuais de jornalismo. (risos)

A peleja da desinformação

Depois dessa transmissão, nos jornais impressos, a questão passou a ser a polêmica peleja do Secretário contra a organização da marcha da maconha.

No dia seguinte à declaração, os promotores do Ministério Público – apesar da sede de proibição do Secretário – anunciaram que não pretendiam entrar com representações para impedir a realização do ato. E publicou em nota à imprensa: “Não é razoável presumir que a simples realização da marcha estará atrelada à prática de crimes (como apologia e uso de maconha)”

No mesmo dia, organizadores da marcha foram recebidos – por 15 minutos – pelo Secretário.

As notícias publicadas faziam crer que a marcha só foi liberada porque o Secretário teria proibido o uso de maconha no ato…

“A marcha da maconha (…) no Bairro do Recife, vai acontecer, mas será proibido o consumo da erva durante o evento. Pelo menos esse foi o entendimento entre os organizadores e o Secretário Wilson Damázio.” – Jornal do Commercio, 30/04/2010

“Fica parecendo que a intenção desse tipo de cobertura é construir uma imagem de que a marcha é um lugar pra fumar. Ao contrario do que a organização – e a legislação brasileira, desde os anos 60 – pregam.” aponta Renato Cinco.

Manchete de capa: Usuário é preso na marcha

A informação: houve uma infração criminal na concentração da Marcha da Maconha do Recife em 2010. Edielson Gomes, artesão de 24 anos foi flagrado com 5 (cinco) gramas de maconha. Ele foi encaminhado ao Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

As distorções espalhadas pelas páginas dos jornais fizeram as matérias sobre a marcha parecerem jogos dos 7 erros dos cadernos de cultura. Vejamos.

Erro 1: O usuário foi detido para investigação e liberado em seguida. Não foi preso.

Desde 2006, de acordo com a lei 11.343, usuários de drogas não são mais privados de liberdade por essa infração. Quem for flagrado com quantidades interpretadas como “para uso próprio”, e não para tráfico, são detidos para investigação. Não são mais presos.

“A marcha é um ato coletivo. Ordeiro, respaldado pela Constituição Federal de organização pública e manifestação do pensamento. Uma pessoa fumando na marcha é um ato pessoal isolado. Infração que contraria a orientação da organização de não fumar no ato” Renato Cinco.

Erro 2: algumas matérias que cobriram a marcha não foram assinadas

Reportagens assinadas pelos autores facilitam a identificação de eventuais falhas na apuração. Essa prática de suprimir a autoria do texto é usualmente associada a “determinações” dos editores ou da direção do jornal para comprovar algumas teses. Como a de que a marcha da maconha é hora e local para se fazer uso dos baseados.

Erro 3: “Ano passado, quando não havia proibição do uso da erva (a marcha) contou com cerca de mil pessoas” - Jornal do Commercio, 03/05/2010

Wilson Damásio proibiu o consumo de maconha no Recife a partir de 2010? Ou o Jornal legalizou os baseados nos anos anteriores? Não ficou muito claro…

“E a lei brasileira permitia o uso de maconha no ano passado? Quem liberou? O JC?” (risos) Gilberto Borges.

Erro 4: “…segundo a polícia, ele (o artesão detido) portava um dólar (sic) de maconha”

Dóla / dólar ou dolinha são substantivos femininos. Qualquer maconheiro sabe disso. O jornalista invisível não?

Erro 5: “…os participantes gritaram palavras de ordem como ‘Um, dois três / quatro, cinco mil / queremos que a maconha legalize no Brasil”

Outro erro semântico. Mas esse foi bem reproduzido pelo jornal, a culpa é toda dos manifestantes. Eles não querem que a maconha SEJA LEGALIZADA no Brasil? Querem que a maconha legalize? Que a maconha legalize o que? E mais importante, como a plantinha vai fazer isso?

Erro 6: Mais de 50 policiais fardados e à paisana. Mais de duas dezenas de viaturas, motos e um helicóptero acompanharam a marcha.

Em dia de clássico entre Sport e Náutico, para evitar eventuais brigas entre torcidas… o efetivo da policia não seria melhor utilizado nas imediações dos estádios? A marcha da maconha nunca registrou uma briga em três anos de realização no Bairro do Recife. E o acompanhamento a passeatas como as do movimento LGBT, de entidades feministas ou da cultura Afro são escoltados por muito menos policiais. Se não foi errada, a decisão do Secretário não foi – ao menos – exagerada?

Erro 7: “Políticos que defendem a causa tomaram a palavra ao microfone conectado ao carro de som”

O jornalista invisível preferiu mesmo usar o espaço de cobertura da marcha para aproximar os leitores do enigmático sistema elétrico de propagação de som?? Nesse caso a intenção é nobre e ele ta é certo. Essa frase não merece estar nesse jogo dos 7 erros. Eu que devo estar errado de tentar me informar sobre o que realmente aconteceu na Marcha da Maconha pelos jornais recifenses.