25 de dez. de 2009

e um próspero ano novo!



porque, no rio, no recife, em salvador ou em brasília,
a gente só colhe o que semeia

que venha 2010!

24 de dez. de 2009

Feliz Natal!

19 de dez. de 2009

17 de dez. de 2009

GROWERnaoEHtraficante - tv growroom

justiça volta atrás e liberta homem preso com dez vasos de maconha - sobredrogas

ontem a legenda dessa foto deve ter sido:

criminoso plantava maconha, foi dedurado e rodou

e os leitores dos jornais pensavam - qui pariu... mais um exemplo de criminalização da pobreza e preconceito hipócrita da polícia, da grande mídia e da sociedade desse país

hoje - finalmente, a mesma legenda - virou:
libertação de cultivador é apoiada pelo movimento antiproibicionista brasileiro e aponta para racionalização da aplicação da lei

os editores do filipeta se perguntam - será que a reviravolta nesse desfecho não aponta para o declínio nos casos de abuso e má utilização dos poderes policial, judicial e estatal? ... será que esse dia de 17 de dezembro de 2009 não vai marcar o começo do fim da mídia que se limita a reproduzir o boletim de ocorrências racistas da delegacia? pra não deixar uma das profecias de Mr. Bob Marley de fora: time will tell...

seguem os fatos (como apurados pelo blog sobredrogas) :

O juiz Mário Henrique Mazza, da 32º Vara Criminal, decretou, no fim da tarde desta quinta-feira, o relaxamento da prisão do agricultor Fábio dos Santos, que foi detido na terça-feira ao ser flagrado com dez vasos de maconha no terraço de sua própria casa, no subúrbio de Olaria. Fábio havia tido prisão preventiva decretada por tráfico de drogas, e estava encarcerado na Polinter desde quarta.

Nesta quinta, uma petição impetrada junto ao Ministério Público pelo advogado de Fábio, reforçada com a assistência jurídica de entidades de ativistas pró-descriminação do uso e do autoplantio de maconha, fez o órgão alterar a acusação contra o rapaz, que passa a responder por posse e/ou plantio de substância ilícita, delito que desde 2006 não é mais passível de prisão, apenas de sanções alternativas, como multa e trabalhos sociais.

A alteração das acusações ocorreu após o MP concordar com a defesa de que os dez vasos que o rapaz mantinha em casa eram para consumo próprio, e que muitas das plantas apreendidas não tinham sequer condições de serem colhidas para uso imediato.


leia artigo completo no blog sobredrogas do jornal O Globo

16 de dez. de 2009

Por um reveillon psicodélico



Enquanto a Holanda proíbe os cogumelos alucinógenos e fala em mudanças na lei do "narco-turismo", a República Tcheca faz o caminho inverso e despenaliza pequenas quantidades de drogas.

Seguem abaixo os níveis de tolerância:

- 15 gramas de erva de maconha (para consumo semanal de um fumando considerado assíduo)
- 5 gramas de hash
- 1,5 grama de heroina
- 1 grama de cocaína
- 2 gramas de metanfetamina (ainda raro na europa, mas que vem ganhando espaço na ásia)
- 5 doses de LSD
- 4 ecstasy

*a nova lei entra em vigor a partir do dia 1 de janeiro de 2010.
**ao turista: prefira o reveillon em Praga a Amsterdam!

14 de dez. de 2009

dog superior - vitor batista


conselho para resolução de fim de ano do dog superior
via território marginal de Vitor Batista
(enviado pela leitora ellen ma-ha)

Cannabis Cup 2009

Há algumas semanas, recebi em minha casa um amigo que se preparava pra chegar na Cannabis Cup, em amsterdam, dias depois.
Como não podia deixar de ser, pedi uma contribuição pro Filipeta da massa...
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Cannabis Cup 2009

por Elton Tavares

Final de novembro, e como todos os anos, Amsterdam recebe milhares de maconheiros do mundo todo para o Cannabis Cup, que esse ano fez sua 22ª edição, organizado pela High Times. A idéia do evento é realizar não só uma competição entre coffee shops, concorrendo com diferentes tipos da massa, mas também abrir espaço para divulgação de boas práticas na utilização médica e políticas de utilização.

powerzone

Como no evento os expositores não podem vender o produto, somente nos coffee shops, normalmente o grande atrativo dos stands eram os gigantes sacos plásticos preenchidos com a massa vaporizada. Os grandes concorrentes desse ano, o Green house Seed Co. e o Barney’s Farm estavam sempre lotados para experimentar o “Super Lemon Haze” e o “Vanilla Kush”, muito bons por sinal, que foram premiados.

vai aê?

Nos 2200 m² do Powerzone, outros expositores também apostaram em métodos alternativos
pra atrair o público. O Bluebird coffee shop instalou uma mini sauna completamente preechida por maconha vaporizada, “The Vape Tent”, onde era possível entrar e em pouco tempo sair legal e defumado.


Com exposição durante cinco dias e shows no centro da cidade, o evento tem o lado bom de fumar de graça, enquanto no coffee shop se paga na média nove euros pela grama do material, por outro lado os dias do evento acabam sendo muito parecidos e vale mesmo a pena ir uns dois dias, já que os coffee shops por si só são uma grande atração da cidade, os premiados nessa categoria foram o Green House, o Barney’s, o Green Place, Dolphins e o Mellow Yellow, o autor além de recomendar fortemente os quatro primeiros ainda sugere o De Rokerij. Atenção a você que pensa em comprar o “judge pass” pro cannabis cup, não espere que vá conseguir julgar alguma coisa depois de cinco dias fumando diferentes tipos de maconha de quase trinta coffee shops, o que vale mesmo é a diversão, termo óbvio quando se fala de Amsterdam.

13 de dez. de 2009

Marilyn Monroe fumou, tragou e filmou...



Duas belas artes sobre a polêmica divulgada na imprensa francesa sobre suposto vídeo de Marilyn Monroe "dando uns peguinhas". :)

12 de dez. de 2009

seja o movimento!

A T E N Ç Ã O

filipe da massa informa:

estamos vivendo os últimos dias...


...para envio de material (textos, fotos, desenhos, gráficos do excel e/ou bagas) para a produção do Fino da Massa # 2

VAI FICAR DE FORA, MACONHEIRO?

mande djá o seu email para
filipetadamassa@gmail.com

10 de dez. de 2009

Colômbia proíbe porte e consumo de dose mínima de drogas - Reuters/Brasil Online

assim caminha (pra trás) a humanidade

BOGOTÁ (Reuters) - Depois de cinco tentativas fracassadas, e andando na contramão da tendência internacional, a Colômbia aprovou uma lei proibindo a posse e o consumo de doses mínimas de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas, informou o governo na quinta-feira.

A emenda constitucional, que nos últimos anos se tornou uma obsessão pessoal do presidente Alvaro Uribe, determina que só será permitida a posse e o consumo de doses mínimas de drogas sob prescrição médica.

O governo justificou a lei com o argumento de que não é coerente exigir uma luta contra o narcotráfico e facilitar o consumo de drogas.

"Demos um passo histórico na luta contra o narcotráfico, a produção e, especialmente, o consumo de drogas", disse o ministro do Interior e da Justiça, Fabio Valencia, depois da aprovação da lei, à meia-noite da quarta-feira.

Apesar da aprovação da lei, o governo esclareceu que seu objetivo não é punir criminalmente os consumidores de drogas, mas os distribuidores.

(clique aqui para ler a matéria na íntegra)

7 de dez. de 2009

6 de dez. de 2009

o desafio das drogas - fhc, depois de largar...da presidência

imagem do http://www.grandesblogsta.com
clique aqui para ler o artigo completo do presidente que resolveu trabalhar no assunto das drogas depois que largou

O desafio das drogas

Eu copresidi com os ex-presidentes da Colômbia e do México, respectivamente César Gaviria e Ernesto Zedillo, a comissão latino-americana.

Nossa conclusão foi simples e direta: estamos perdendo a guerra contra as drogas e, a continuarmos com a mesma estratégia, conseguiremos apenas deslocar campos de cultivos e sedes de cartéis de umas para outras regiões, sem redução da violência e da corrupção que a indústria da droga produz.

Logo, em lugar de teimar irrefletidamente na mesma estratégia, que não tem conseguido reduzir a lucratividade e, consequentemente, o poderio da indústria da droga, por que não mudar a abordagem?

Por que não concentrar nossos esforços na redução do consumo e na diminuição dos danos causados pelo flagelo pessoal e social das drogas? Isso sem descuidar da repressão, mas dando-lhe foco: combater o crime organizado e a corrupção, em vez de botar nas cadeias muitos milhares de usuários de drogas.

(...)

É diante dessa situação que se impõem mudanças.

Primeiro: o reconhecimento de que, se há droga no morro e nos mocós das cidades, o comércio rentável da droga é obtido no asfalto.

É o consumo das classes médias e altas que fornece o dinheiro para o crime e a corrupção. Somos todos responsáveis.

Segundo: por que não "abrir o jogo", como fizemos com a aids e o tabaco, não só por intermédio de campanhas públicas pela TV, mas na conversa cotidiana nas famílias, no trabalho e nas escolas?

Por que não utilizar as experiências dos que, na cadeia ou fora dela, podem testemunhar as ilusões da euforia das drogas? Não há receitas ou respostas fáceis.

Pode-se descriminalizar o consumo, deixando o usuário livre da prisão. As experiências mais bem-sucedidas têm sido as que vêm em nome da paz, e não da guerra: é a polícia pacificadora do Rio de Janeiro, não a matadora, que leva esperança às vítimas das redes de droga.

3 de dez. de 2009

Marcha da Democracia - Sergio Vidal

Marcha da Democracia

Por Sergio Vidal, antropólogo, membro do Growroom e da Rede Ananda



“Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio em seu tempo histórico de marchas. Marchas dos que não tem escola; marcha dos reprovados; marcha dos que querem amar e não podem; marcha dos que se recusam a uma obediência servil; marchas dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e são proibidos de ser.” (Paulo Freire).

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Em 1946, a Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes, órgão do Governo Federal realizou o chamado Convênio Interestadual da Maconha, na cidade de Salvador. Apesar do cunho proibicionista dos debates, considerados por alguns historiadores como marcos fundadores da Guerra à Maconha no Brasil, o nome oficial do evento trazia em si exatamente este esse termo: “da Maconha”, mostrando que a expressão deve ser entendida como um evento “sobre a maconha”, e não “em favor”, ou “pró maconha”, ou pode até mesmo significar um evento de cunho “anti-maconha”, como no caso do citado Convênio. Em 2008 e 2009, eu e muitos outros organizadores das Marchas da Maconha em diversas cidades do país tivemos que prestar esclarecimentos à sociedade, autoridades e até mesmo à polícia, em alguns casos, sobre o motivo de termos escolhido a expressão Marcha “da Maconha”, uma vez que afirmávamos não fazer apologia às maconha, outras drogas, ou ao crime.

Ao argumentar para outros ativistas a necessidade política de manter o nome “Marcha da Maconha”, sempre afirmei que justamente por ser a palavra “maconha” tão carregada de estigmas, deveríamos persistir em usá-la até que algumas das idéias a seu respeito fossem debatidas e modificadas. Essa discussão não foi algo fácil dentro do movimento e não foram poucos os momentos em que as “Marchas” quase tiveram seus títulos modificados, em nome da adequação a algo mais “politicamente correto”, para nomes como “Marcha pela legalização da Maconha”, “Marcha da Cannabis” ou “Passeata Verde”.

Realmente, poderíamos ter escolhido “Marcha da Erva”, do “Dirijo”, da “Diamba”, da “Suruma” ou qualquer uma das inúmeras denominações que a planta tem pelo mundo afora, afinal, trata-se de um evento de cunho político/cultural sobre esta planta conhecida por uma infinidade de nomes e apelidos. No entanto, consideramos que seria importante reafirmar o fato de que “Maconha” também é um dos nomes mais conhecidos para referir-se, no Brasil, à planta cujas possibilidades de usos nos propomos discutir. Sempre persisti, em parte por convicção ideológica, em parte por teimosia, que só poderíamos abrir mão do nome “Marcha da Maconha”, quando já não fossemos criminalizados ou deslegitimados por o termos adotado.

Acreditava que, ainda que boa parte da sociedade ficasse chocada com o nome, aos poucos, se demonstrássemos a seriedade do nosso trabalho, o nome deixaria de ser tão importante, ao menos para a Justiça. E assim aconteceu, pois no dia 1º de setembro deste ano, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia nos deu uma prova de que essa escolha fazia algum sentido. Diante dos argumentos do Habeas Corpus impetrado no final de maio, o Tribunal de Justiça concedeu um Salvo Conduto para realizar o evento “Marcha da Maconha Salvador”, legitimando que a manifestação poderia usar esse nome, desde que seja organizada para os fins lícitos a que sempre se propôs.

Ficou claro com essa decisão que a Marcha da Maconha Salvador, que ocorrerá no próximo sábado, dia 5/12, não será um evento de cunho apologético. Esse tipo de manifestação, na verdade, deve ser vista e entendida sempre como uma reivindicação por uma cidadania plena, com direitos, deveres e responsabilidades. Com essa vitória, somada às de outras cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, e às ADPF e ADIN sobre as Marchas que tramitam no Supremo Tribunal Federal no momento, podemos afirmar que ativistas têm conseguido mais do que o direito de manifestar idéias e opiniões, mas o direito também de manifestá-las de formas livres, mesmo que essas desagradem ideológica ou moralmente uma parte da sociedade.

Apesar das censuras, da criminalização, das perseguições e de muitos outros problemas, tudo valeu a pena, na medida em que está sendo criado um contexto, senão mais favorável política ou socialmente, ao menos mais seguro juridicamente para todos os brasileiros e brasileiras que discordam da forma como atualmente são elaboradas e aplicadas as políticas e leis sobre a maconha e outras drogas. No fundo, não são manifestações como as “Marchas da Maconha” que atingem de forma nefasta a Democracia Brasileira, mas sim ações de censura, autoritarismo, abuso de poder e cerceamento de direitos fundamentais, por parte das autoridades, cujo dever seria, justamente, preservar os direitos de cidadania, mesmo que não se concorde com as reivindicações, desde que sejam feitas dentro das normas legais, como no caso das Marchas.

As Marchas apenas cumprem seu papel de serem espaços onde os cidadãos podem questionar as Leis sobre drogas e manifestar suas opiniões a respeito, dentro das regras do Estado Democrático de Direito estabelecido no país. Esse papel elas têm cumprido muito bem.