Secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, posicionou-se contra evento e vai procurar o Ministério Público para definir se passeata será permitida
Daniele Carvalho
dcarvalho@jc.com.br
Eduardo Machado
eduardomaxado@gmail.com
Se depender da vontade do secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, a Marcha da Maconha, marcada para a tarde do próximo domingo, no Bairro do Recife, será proibida. Em entrevista à Rádio Jornal ontem pela manhã, Damázio se posicionou contra o evento. No entanto, o secretário admitiu consultar o Ministério Público hoje e definir se a manifestação será permitida pela polícia.
“Em configurando crime, devemos proibir. Contudo, vamos levar esse assunto para o debate com o Ministério Público”, frisou Damázio.
Para os organizadores da Marcha, o posicionamento do secretário demonstra desconhecimento de edições anteriores do evento. “Acredito que o secretário, por ter assumido há pouco tempo, não está devidamente informado. Nos anos anteriores, o Ministério Público enxergou nosso evento como ele realmente é: o exercício da liberdade de expressão e não apologia às drogas”, explicou Neco Tabosa, um dos organizadores da Marcha da Maconha.
O parágrafo 2º, do artigo 33, da lei 11.433/06, define como crime: “Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga”, com pena prevista de um a três anos de detenção. Baseado nisso, o secretário quer proibir a realização do evento.
Já os promotores da Marcha evocam o artigo 5º da Constituição Federal. “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, para amparar legalmente o evento.
MEDICINAL
Os efeitos do uso medicinal da Cannabis sativa - nome científico da erva - foram discutidos ontem em audiência pública na Câmara Municipal do Recife. A reunião, proposta pelo vereador Osmar Ricardo (PT), abordou os aspectos medicinais e históricos da planta na tentativa de desmistificar o uso terapêutico da maconha.
O médico do Programa Saúde da Família Giliate Coelho destacou a importância de medicamentos à base da droga e mostrou evidência clínicas sólidas que mostram sua eficácia. “A maconha tem uso analgésico importante, até 200 vezes mais potente que a morfina, diminui o glaucoma e evita náuseas e vômitos, podendo ser associada a tratamentos quimioterápicos”, disse.
Giliate Coelho ainda defendeu o uso da maconha em viciados em crack. “A planta traz consequências positivas a essas pessoas. Ela reduz a vontade excessiva de consumir o crack”, explicou. Já o vereador petista Luiz Eustáquio se posicionou contra a legalização e argumentou que a maconha tem sido uma porta de entrada para essa droga.
2 comentários:
Meu amigo Neco.
Sou estudando e moro em Portugal.
Teremos aqui nesse sabado uma marca da maconha.
Seria interessante eu enviar-te algumas fotos?
siiiiiiiiiiiiiim!
fotografa, faz um texto e manda mesmo!
manda teu email pro filipetadamassa@gmail.com preu te moestrar uma coisa :D
vamos usar o material no fino da massa # 3!!!
o # 1 está no ar www.migre.me/3mHQ o # 2 está na gráfica pra ser lançado na marcha da maconha do Recife no domingo....
abraços
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