do abril.com
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, demonstrou na quinta-feira ser contra a legalização da maconha, ao menos como remédio para recuperar a economia norte-americana.
Ele discutiu a questão abertamente, mas quase em tom de piada, em uma conversa online com cidadãos. Disse que essa foi a ideia favorita das 3,6 milhões de pessoas que votaram em mais de 100 mil perguntas submetidas ao site da Casa Branca.
"Devo dizer que houve uma questão que obteve uma colocação bastante alta, sobre se legalizar a maconha melhoraria a economia e a criação de empregos", disse ele, provocando risos no evento da Casa Branca.
"E não sei o que isso diz a respeito da audiência online", acrescentou o presidente, com ar zombeteiro. "Essa foi uma pergunta bastante popular. Queremos ter certeza de que seja respondida."
"A resposta é não, não acho que seja uma boa estratégia para nossa economia crescer", afirmou, antes de passar aos temas mais graves do desemprego e da reforma da saúde pública.
"Obrigado por esclarecer isso", disse Jared Bernstein, economista-chefe da vice-presidência, que atuou como moderador.
Muitos autores de perguntas sugeriram que regulamentar a produção e venda de maconha geraria uma enorme arrecadação fiscal.
Posteriormente, jornalistas perguntaram ao porta-voz Robert Gibbs se Obama, que admitiu em sua autobiografia que experimentou drogas na juventude, estava deixando alguma margem de manobra nessa questão.
"O presidente se opõe à legalização da maconha", disse Gibbs a jornalistas, enfatizando sua seriedade. "Ele não acha que esse seja o plano correto para a América."
Quanto à posição do novo governo sobre o uso medicinal da maconha, ele pediu que o Departamento de Justiça fosse consultado.
Gibbs sugeriu que ativistas pela liberação da maconha tenham mobilizado simpatizantes para mandarem as perguntas relativas ao tema e votarem repetidamente nelas pela Internet.
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