repercutindo a marcha da maconha no recife/2009 - 1
Fui, ontem, ver de perto a realização da Marcha da Maconha no Recife - que tanta polêmica vem gerando neste blog. Vou logo avisando que não sou o que se pode chamar de maconheiro. Ainda no ensino médio provei da “erva mardita”, mas vi que não fazia minha cabeça. E adotei em definitivo uma droga muito mais pesada: a cerveja.
Mas, voltando à Marcha da Maconha 2009, o evento reuniu uma boa quantidade de malucos beleza e simpatizantes. Segundo a organização da marcha, foram 2 mil. Eu diria que tinha metade disso. Mas é certo que havia gente de idades variadas, de vovós a netinhos. De gente que passaria por “careta” em qualquer repartição até os típicos malucões.
O evento foi pacífico e divertido. Destaque para algumas fantasias e palavras-de-ordem tipo:
“Óia, óia, óia! Maconheiro aqui é bóia.”
“1, 2, 3… 4, 5, mil… Eu quero que a maconha legalize no Brasil.”
“Queremos plantar maconha no quintal. Não podem proibir uma erva natural.”
A Polícia acompanhou de perto a manifestação sem intervir. Agiu de forma correta, profissional. Apenas apreendeu um ou dois baseados de alguns que teimaram em não atender aos apelos da organização do evento para que não fosse consumida a erva naquela ocasião.
Uma delegação da Paraíba veio participar do evento no Recife, pois lá a manifestação foi proibida. Também houve proibição em Salvador e São Paulo.
Até por isso, ao final da marcha, os organizadores pediram uma salva de palma à Justiça pernambucana que entendeu o evento como livre manifestação do pensamento e exercício dos direitos civis - não uma apologia às drogas.
A impressão que tenho é que o evento crescerá. A organização já fala em realizar shows em 2010 (artistas adeptos da causa, realmente, não faltam).
E os conservadores de plantão terão que conviver com a Marcha da Maconha, assim como engolem revoltados a Parada Gay.
Paciência, democracia é assim.
marco bahé - postado no dia 04/03/2009
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