2 de mai. de 2009

Marcha da Maconha ganha ruas do Recife Antigo neste domingo - Diario de Pernambuco


02/05/2009 | 11h19  |  Legalização 
 
Envolta em polêmica, a Marcha da Maconha ganha as ruas do Recife amanhã, a partir das 14h. A concentração ocorrerá entre a rua da Torre Malakoff e a Rua do Apolo. De lá, por volta das 16h, a marcha segue pela Rua do Apolo, ganha o Marco Zero e termina na Rua da Moeda. Se no ano passado o evento reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, para este ano a expectativa é superar a marca de 2008 e atrair ainda mais gente interessada em discutir a lei federal 11.343, chamada de Lei Antidrogas. No mundo, a marcha é realizada em mais de 200 cidades. No país, além do Recife, ela estava inicialmente prevista para acontecer em Florianópolis, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Juíz de Fora, Porto Alegre, Rio de Janeiro, João Pessoa, São Paulo e Salvador. Nessas três últimas, uma briga judicial pode adiar a realização da marcha deste domingo para o dia 31 de maio.

A manifestação só poderá ser realizada no Recife graças à decisão do juiz Alípio Carvalho Filho, da 2ª Vara Criminal dos Feitos Relativos a Entorpecentes, que indeferiu o pedido do promotor José Correia de Araújo, que pedia a suspensão do evento. O juiz entendeu que a discussão do atual cenário legal da maconha e a luta pela legalização da droga são manifestações do pensamento asseguradas pela Constituição Federal. No texto, Alípio Carvalho Filho diz, ainda, que a Marcha da Maconha deverá ser acompanhada pelas autoridades policiais, especialmente pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico. O objetivo, disse, é garantir a segurança pública e a apuração de qualquer infração penal.

Um dos organizadores do evento, Neco Tabosa, assegurou que a Casa Civil do governo do estado, a Polícia Militar e a Diretoria de Controle Urbano do Recife foram avisados sobre a realização do evento. No site o Coletivo Marcha da Maconha (www.marchadamaconha.org), o texto de entrada explica que milhares de pessoas sairão às ruas no mundo nas primeiras semanas de maio para "lembrar a luta política contra a proibição injusta que tornou ilegal o cultivo de plantas da espécie Cannabis sativa (nome científico da maconha) em quase todos os países do mundo".

Objetivo - Segundo os organizadores do Coletivo, a "Marcha da Maconha Brasil não é um evento de cunho apologético, nem seus organizadores incentivam o uso de maconha ou qualquer outra substância ilícita". O objetivo do movimento, diz o texto, "é que todos os cidadãos brasileiros possam se manifetar de forma livre e democrática a respeito das políticas e leis sobre drogas no país".

A Lei Antidrogas nº 11.343/06 prevê advertência aos usuários, prestação de serviços à comunidade, ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. O artigo 2° da legislação proíbe, em todo o território nacional, as drogas, o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, a não ser sob autorização legal ou regulamentar. Para Neco, o principal objetivo da marcha já está sendo atingido: levantar o debate sobre a Lei Antidrogas.

2 comentários:

Guilhermé disse...

Boa sorte e sucesso amanhã, meu camarada!
Q tudo corra em paz.
Abraço.

h.koblitz.e disse...

estarei aqui tocendo para que a marcha mutiliquece ........